segunda-feira, 31 de agosto de 2009
domingo, 30 de agosto de 2009
sábado, 29 de agosto de 2009
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
terça-feira, 25 de agosto de 2009
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
domingo, 23 de agosto de 2009
Estou fascinada por esse artista, Valère Novarina. Destaco 1 trecho do livro Diante da palavra
"Eis que agora os homens trocam entre si palavras como se fossem ídolos invisíveis, forjando nelas apenas uma moeda: acabaremos um dia mudos de tanto comunicar; nos tornamos enfim iguais aos animais, pois os animais nunca falaram mas sempre comunicaram muito-muito bem. Só o mistério de falar nos separa deles. No final, nos tornaremos animais: domados pelas imagens, emburrecidos pela troca de tudo, regredidos a comedores do mundo e a matéria para a morte. O fim da história é sem fala.
À imagem mecânica e instrumental da linguagem que nos propõe o grande sistema de mercado que vem estender sua rede sobre nosso Ocidente desorientado, à religião das coisas, à hipnose do objeto, à idolatria, a esse tempo que parece ser condenado a ser apenas o tempo circular de uma venda perpétua, a esse tempo no qual o materialismo dialético, desmoronado, dá passagem ao materialismo absoluto oponho nossa descida em linguagem muda na noite da matéria de nosso corpo pelas palavras e a experiência singular que cada falante faz, cada falador daqui, de uma viagem na fala; oponho o saber que nós temos, que existe, bem no fundo de nós, não algo do qual seríamos proprietários ( nossa parcela individual, nossa identidade, a prisão do eu), mas uma abertura interior, uma passagem falada." P. 13
Tradução de Angela Leite Lopes
Ed. 7 letras
Nota da tradutora
"Este é o segundo livro de Valère Novarina, autor, pintor e homem de teatro francês, publicado pela Coleção dramaturgias. O leitor vai reconhecer o estilo do autor: como na poesia, o que importa é a sonoridade e o ritmo das palavras, que Valère Novarina utiliza para a construção de uma pensamento afiado sobre o estágio atual da nossa civilização. (...)"
À imagem mecânica e instrumental da linguagem que nos propõe o grande sistema de mercado que vem estender sua rede sobre nosso Ocidente desorientado, à religião das coisas, à hipnose do objeto, à idolatria, a esse tempo que parece ser condenado a ser apenas o tempo circular de uma venda perpétua, a esse tempo no qual o materialismo dialético, desmoronado, dá passagem ao materialismo absoluto oponho nossa descida em linguagem muda na noite da matéria de nosso corpo pelas palavras e a experiência singular que cada falante faz, cada falador daqui, de uma viagem na fala; oponho o saber que nós temos, que existe, bem no fundo de nós, não algo do qual seríamos proprietários ( nossa parcela individual, nossa identidade, a prisão do eu), mas uma abertura interior, uma passagem falada." P. 13
Tradução de Angela Leite Lopes
Ed. 7 letras
Nota da tradutora
"Este é o segundo livro de Valère Novarina, autor, pintor e homem de teatro francês, publicado pela Coleção dramaturgias. O leitor vai reconhecer o estilo do autor: como na poesia, o que importa é a sonoridade e o ritmo das palavras, que Valère Novarina utiliza para a construção de uma pensamento afiado sobre o estágio atual da nossa civilização. (...)"
sábado, 22 de agosto de 2009
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Artista Móvel - instantânea e espontânea
Utilizo o meu celular Nokia N95 como uma das minhas ferramentas de criação, fazendo fotos, microfilmes, assim como, torpedos poéticos. Com acesso a internet posso enviá-los a qualquer momento. Sabemos que os celulares + modernos são mini computadores. A instantaneidade e a espontaneidade são também as minhas palavras-chave. Com o laptop e a banda larga 3G dei 1 upgrade e tenho 1 atelier ambulante, aprimorando o meu trabalho. Em qualquer lugar do planeta onde tenha sinal posso divulgar minha arte para a rede mundial com rapidez.
Faço experiências em celular desde 2005 e em 2008 adquiri o N95 ( não vejo a hora de ter o N86 com 8 MP) e criei o meu blog luliX pandaglia para expor meus experimentos e a minha produtora de micro-filmes bagaceira, BagaCine ("A contribuição milionária de todos os erros" Oswald de Andrade). O erro para mim é fundamental, pois me leva a buscar outras soluções, possibilidades. A espontaneidade no meu ponto de vista é o que está + próximo de uma possível verdade e isso me interessa. A minha essência é experimental e amadora. Estou sempre investigando, buscando, criando. Atualmente tenho feito e vendido minhas fotos com pinturas digitais em tela, utilizando uma técnica francesa chamada giclée, o que me surpreendeu bastante. Não podia imaginar nada disso, as coisas foram acontecendo. Hoje tenho 1 acervo absurdo, e acabei me apaixonando pelas flores. Na minha infânca acompanhava minha Tia Leda Dau, botânica, em suas pesquisas de campo na Restinga da Marambáia e acabei inconscientemente sendo influenciada por ela. Como amo a intimidade, resolvi retratar a intimidade das flores nome de uma das séries. Gosto tb de retratar pessoas, assim como detalhes. Tenho uma outra série que dei o nome de retratos e detalhes afetivos.
A origem do nome luliX pandaglia
1 dos meus apelidos é luli. Ao ler uma entrevista de Eike Batista, descobri que todas as suas empresas tinham 1 X para multiplicar os seus ganhos e então pensei, vou colocar o X no meu nome artístico para ver se começo a ganhar $ de fato. Pensei que tinha a ver tb com o universo matriX, com história em quadrinhos, vide AsteriX e achei que combinava comigo e com o blog. Depois, resolvi que tinha que ter 1 sobrenome e então veio pandaglia, uma mistura de panda com águia rsrsrs, como não queria que fosse pandáguia, decidi dar 1 toque internacional, italiano e nasceu pandaglia. Essa é uma parte da minha história. Aos poucos vou contando +, se houver interesse.
Atualmente o blog é minha razão de viver, sei que é 1 pouco forte, mas é 1 fato. Posso publicar os meus textos, minhas fotos e filmes, divulgar trabalhos de outras pessoas desconhecidas que adoro, sem censura nenhuma, apenas uso um pouco do bom senso. Escolho textos tb de autores consagrados, tudo aquilo que me agrada.
Assinado: Luciana Dau, luliX pandaglia, Theodora Speranza (essa história fica para 1 outro dia), Maria Nery ( a filha que Ismael não teve e que só escreveu 1 poema), Laura Lee (filha bastarda de Rita Lee) rsrsrs Eu amo a brincadeira dos nomes e a liberdade de criar. Obrigada a todos que acompanham esse espaço na rede.
Faço experiências em celular desde 2005 e em 2008 adquiri o N95 ( não vejo a hora de ter o N86 com 8 MP) e criei o meu blog luliX pandaglia para expor meus experimentos e a minha produtora de micro-filmes bagaceira, BagaCine ("A contribuição milionária de todos os erros" Oswald de Andrade). O erro para mim é fundamental, pois me leva a buscar outras soluções, possibilidades. A espontaneidade no meu ponto de vista é o que está + próximo de uma possível verdade e isso me interessa. A minha essência é experimental e amadora. Estou sempre investigando, buscando, criando. Atualmente tenho feito e vendido minhas fotos com pinturas digitais em tela, utilizando uma técnica francesa chamada giclée, o que me surpreendeu bastante. Não podia imaginar nada disso, as coisas foram acontecendo. Hoje tenho 1 acervo absurdo, e acabei me apaixonando pelas flores. Na minha infânca acompanhava minha Tia Leda Dau, botânica, em suas pesquisas de campo na Restinga da Marambáia e acabei inconscientemente sendo influenciada por ela. Como amo a intimidade, resolvi retratar a intimidade das flores nome de uma das séries. Gosto tb de retratar pessoas, assim como detalhes. Tenho uma outra série que dei o nome de retratos e detalhes afetivos.
A origem do nome luliX pandaglia
1 dos meus apelidos é luli. Ao ler uma entrevista de Eike Batista, descobri que todas as suas empresas tinham 1 X para multiplicar os seus ganhos e então pensei, vou colocar o X no meu nome artístico para ver se começo a ganhar $ de fato. Pensei que tinha a ver tb com o universo matriX, com história em quadrinhos, vide AsteriX e achei que combinava comigo e com o blog. Depois, resolvi que tinha que ter 1 sobrenome e então veio pandaglia, uma mistura de panda com águia rsrsrs, como não queria que fosse pandáguia, decidi dar 1 toque internacional, italiano e nasceu pandaglia. Essa é uma parte da minha história. Aos poucos vou contando +, se houver interesse.
Atualmente o blog é minha razão de viver, sei que é 1 pouco forte, mas é 1 fato. Posso publicar os meus textos, minhas fotos e filmes, divulgar trabalhos de outras pessoas desconhecidas que adoro, sem censura nenhuma, apenas uso um pouco do bom senso. Escolho textos tb de autores consagrados, tudo aquilo que me agrada.
Assinado: Luciana Dau, luliX pandaglia, Theodora Speranza (essa história fica para 1 outro dia), Maria Nery ( a filha que Ismael não teve e que só escreveu 1 poema), Laura Lee (filha bastarda de Rita Lee) rsrsrs Eu amo a brincadeira dos nomes e a liberdade de criar. Obrigada a todos que acompanham esse espaço na rede.
IV vezes afetada ou 4 movimentos de Theodora Speranza
I
eu o tinha com o maior apreço
e agora saio correndo quando o vejo passar
passo batida
não quero cruzar com o seu olhar
sinto arrepio só de sentir a sua presença
a sua ira irradia
tenho medo de quem vive criticando os outros
vive solando e não ouve ninguém
como se o outro não existisse
que triste
incapaz de 1 elogio
de 1 afago
1 carinho
+ uma vez saio batida
para não bater de frente
e não ter que ouvir cobras e lagartos da sua língua ferina
II
tô de saco cheio dessa vida de merda
dessas caras e bocas
que fazem de tudo por 1 espaço na mídia
para expor suas bundas, bucetas e caretas
prefiro os que sentem
os que simplesmente são
dizem que são loucos por afeto
e eu sou louca e ponto final.
III
não fui talhada para esse mundo
continuo querendo ser abduzida
quero partir o mais rápido possível
acreditei no amor
na amizade
na família
na ética
no meu país
a única coisa que ainda me salva
é o ato de criar
transformar a minha dor, indignação em palavras e imagens
Isso me alegra e me dá sentido.
IV
algarismos romanos
só sei até o XXI
daí pra frente a deus pertence
levei muita porrada na escola
para aprender inutilidades
o afeto ainda bem que aprendi em casa
as boas lembranças da escola são as das aulas de música, teatro, literatura, artes plásticas
se não tivesse tido acesso a isso tudo talvez já tivesse partido
não fui talhada para guerra
detesto competição
amo a cooperação
nutrição
doação
quero fazer 1 bolo de fubá e tomar 1 café na cozinha
fazer 1 banquete
ouvir música e dançar
celebrar
e conversar até o sol raiar
com os amigos de verdade
aqueles que carrego do meu lado esquerdo
falando de tudo 1 pouco
de abobrinhas
a intimidades
comentar 1 livro que li, 1 filme e 1 show que assisti, uma exposição ou uma peça que vi
quero compartilhar impressões, sensações, afetos
pensar a vida, viver a vida, viver de arte, viver de amor
o resto não me interessa!
me fale de vc, das suas alegrias e das suas dores.
eu o tinha com o maior apreço
e agora saio correndo quando o vejo passar
passo batida
não quero cruzar com o seu olhar
sinto arrepio só de sentir a sua presença
a sua ira irradia
tenho medo de quem vive criticando os outros
vive solando e não ouve ninguém
como se o outro não existisse
que triste
incapaz de 1 elogio
de 1 afago
1 carinho
+ uma vez saio batida
para não bater de frente
e não ter que ouvir cobras e lagartos da sua língua ferina
II
tô de saco cheio dessa vida de merda
dessas caras e bocas
que fazem de tudo por 1 espaço na mídia
para expor suas bundas, bucetas e caretas
prefiro os que sentem
os que simplesmente são
dizem que são loucos por afeto
e eu sou louca e ponto final.
III
não fui talhada para esse mundo
continuo querendo ser abduzida
quero partir o mais rápido possível
acreditei no amor
na amizade
na família
na ética
no meu país
a única coisa que ainda me salva
é o ato de criar
transformar a minha dor, indignação em palavras e imagens
Isso me alegra e me dá sentido.
IV
algarismos romanos
só sei até o XXI
daí pra frente a deus pertence
levei muita porrada na escola
para aprender inutilidades
o afeto ainda bem que aprendi em casa
as boas lembranças da escola são as das aulas de música, teatro, literatura, artes plásticas
se não tivesse tido acesso a isso tudo talvez já tivesse partido
não fui talhada para guerra
detesto competição
amo a cooperação
nutrição
doação
quero fazer 1 bolo de fubá e tomar 1 café na cozinha
fazer 1 banquete
ouvir música e dançar
celebrar
e conversar até o sol raiar
com os amigos de verdade
aqueles que carrego do meu lado esquerdo
falando de tudo 1 pouco
de abobrinhas
a intimidades
comentar 1 livro que li, 1 filme e 1 show que assisti, uma exposição ou uma peça que vi
quero compartilhar impressões, sensações, afetos
pensar a vida, viver a vida, viver de arte, viver de amor
o resto não me interessa!
me fale de vc, das suas alegrias e das suas dores.
domingo, 16 de agosto de 2009
O Guardador de Rebanhos - Ficções do Interlúdio de Alberto Caeiro
IX
SOU UM guardador de rebanhos.
O rebanho é os meus pensamentos
E os meus pensamentos são todos sensações.
Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e os pés
E com o nariz e a boca.
Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la
E comer um fruto é saber-lhe o sentido.
Por isso quando num dia de calor
Me sinto triste de gozá-lo tanto
E me deito ao comprido na erva,
E fecho os olhos quentes,
Sinto todo o meu corpo deitado na realidade,
Sei a verdade e sou feliz.
Parte do poema extraído do livro Fernando Pessoa Obra Poética em um volume, Editora José Aguilar Ltda, 1960. P. 148
SOU UM guardador de rebanhos.
O rebanho é os meus pensamentos
E os meus pensamentos são todos sensações.
Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e os pés
E com o nariz e a boca.
Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la
E comer um fruto é saber-lhe o sentido.
Por isso quando num dia de calor
Me sinto triste de gozá-lo tanto
E me deito ao comprido na erva,
E fecho os olhos quentes,
Sinto todo o meu corpo deitado na realidade,
Sei a verdade e sou feliz.
Parte do poema extraído do livro Fernando Pessoa Obra Poética em um volume, Editora José Aguilar Ltda, 1960. P. 148
sábado, 15 de agosto de 2009
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
terça-feira, 11 de agosto de 2009
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
sábado, 8 de agosto de 2009
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
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