rio das flores
confluências
e a nossa existência
tão profundamente conectada
emergem conchas
nascem ondas
sou o mar
e o rio das flores
com todas as nuances
sou criança
dançando com o vento
papagaio
pipa
balaio
balanço
canção de ninar
me crio e recrio
me pinto e me lambuzo
escarafuncho, fitas e babados
fungos pipocam
não sigo uma ordem
muito menos busco coerência
persinto por 1 rápidico instante
a sapocência do manomestre Manoel
na simplicidade
as pequenas verdades variantes
silêncio
quero brincar e brindar
bailar e ninar
cantar
invencionar
o nada
nada quer
vem me quer
nas areias escaldantes
do Rio
das flores
Luciana Dau - 5 de novembro 2009
2 comentários:
Muito legal esse jogo de palavras.
Breno
Lindo, Lu! Você sabe compor palavras lúdicas, deixando a vida brincar um pouco em sua poesia, feita não só de dor, desmentindo a mística de que a poesia se faz de pura dor. Não, a vida pulsa, sangra, ri e brinca no ritmo de seus versos.
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