Um silêncio tão perfeito
como o que baixou agora:
sinal que já morremos
ou nem chegamos ainda à Terra.
Acabamos de sentir a morte
nas veias substituir o sangue.
Circulamos na atmosfera,
somos, corpo e brisa, um só.
Ou flutuamos no possível
sem pressa de, sem desejo de
atingir o irretratável
movimento do nascimento.
Este silêncio tão completo
em si, em nós, em nossa volta,
converte-nos em transparente esfera
contemplada contemplativa.
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