terça-feira, 27 de julho de 2010

segunda-feira, 26 de julho de 2010

São várias as moradas do Divino ou algumas reflexões e nada mais... de Luciana Dau

O ser humano ainda precisa de bons espelhos para ver refletida a sua imagem. Crescem as mais variadas religiões no Brasil numa velocidade vertiginosa. Ainda precisamos de algo ou alguém que nos inspire confiança, incutindo a esperança de "uma segurança" que amenize o nosso sofrimento, que aplaque o medo diante da morte e do abandono. Produzem algo especial, poderoso. Acolhem, amparam, formam grupos, laços de identificações. Criam vida após a morte, reencarnação, vida eterna, uma infinidade de saídas para negar o inevitável. “Eu lhe darei o céu meu bem, e o meu amor também.” e tudo bem meu bem. “Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é.” A negação absolutamente necessária e a importância e a força do imaginário em nossas vidas.
Quando adoecemos ou quando perdemos alguém que nos é caro, entristecemos e nos sentimos desamparados, vazios. Quando vivemos o luto, permitimos sentir esse vazio e com o sábio tempo, aprendemos a preenchê-lo com lembranças, ensinamentos, criações, novos relacionamentos. Mas quando negamos, atabalhoamo-nos com trabalho para não ter tempo de sentir e transformar tamanha dor. Vivemos no tempo da falta de tempo. Não somos vítimas, mas co-criadores. Morrer faz parte do viver, assim como, envelhecer, adoecer. Quando aceitamos esses fatos e os encaramos, a vida parece mais bem vivida, degustada, apreciada. Isso requer coragem e exige um comprometimento outro com a vida e tudo que diz respeito a ela.

Por que temos tantas farmácias no Brasil? Por que nos drogamos tanto? Para não sentir nenhuma dor. E nos empanturramos de remédios, televisão, shopping, compulsões das mais variadas, internet, excesso de informação e a multiplicação de diversas religiões. A depressão, o grande mal da nossa época.
O que sinto é que tanto Jesus quanto qualquer outro mestre de luz, vivo ou desencarnado nos ajudam acessar o Divino em nós. A divindade não é exclusiva de alguém, ela pertence a todos e o peito é uma de suas moradas. O coração é a bússula, o grande guia, que nos informa de maneira sutil e amorosa o caminho a ser seguido, que é único, singular. A meditação é fundamental nesse processo, pois silencia a mente, acalmando o coração. É da ordem da experiência, interiorização.

Não quero destruir a crença de ninguém, mas penso o humano e suas relações de forma livre, busco a compreensão de determinadas ações. O que impulsiona uma pessoa em direção a vida? Bachelar diz que o homem é o ser do desejo e não da realidade. A sobrevivência não é o nosso fim em si, é um dos aspectos do viver. O que vem primeiro? Desejo ou necessidade? Qual a diferença? Desejo é da ordem do imaginário, é subjetivo, o que está dentro de nós e que nos confere singularidade na Unidade. Já a sobrevivência é algo comum a todos. E a nossa história, percurso, relações e interação são as impressões que deixamos no mundo. Se me sinto num mundo hostil ou camarada, depende de uma série de fatores que dizem respeito a forma como fomos recebidos e tratados desde a mais tenra infância. O bebê é o ser do desejo dos pais, ou de um dos pais, a não ser aqueles que foram fruto de algum tipo de acidente, estourou a camisinha, não usou preservativo, estupro. Mas esses podem se tornar seres do desejo de outros. O cuidado primário é essencial para uma vida saudável, podemos prevenir muita coisa se olharmos com atenção para a criação de nossos filhos, tema abordado por tantos educadores, psicólogos, médicos, entre eles, Winnicott que desenvolveu, aprofundando e esmiuçando o tema.
Quando o estrago já está feito, só nos resta, olhar para dentro, perdoando as falhas ocorridas, preenchendo essas lacunas com imagens de pessoas amorosas, generosas, compassivas, criativas para revertermos o olhar, e assim, encontrarmos um reflexo outro de nós mesmos.

sábado, 24 de julho de 2010

Felicidade - Chacal

asa de borboleta
cabelinho de anjo
tudo são flores e cores
nesse feliz arranjo

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Silêncio

!!!!
?
...
.
:
;
.
!
?????????
...

Pensei que estivesse em silêncio!

Luciana Dau - julho de 2010

terça-feira, 20 de julho de 2010

Cerejeira...

foto luliX pandaglia - julho de 2010

sábado, 17 de julho de 2010

O dique das magnólias - Poesia clássica chinesa reimaginada por Haroldo de Campos

na trama das ramas

brilhos de hibiscos

cálices vermelhos

surgem na montanha

cascata e choupana

tal calma: ninguém!

flores tantas flores

viçam e decaem


A diagramação do poema é outra, esse blog não obedece!!!

quarta-feira, 14 de julho de 2010

O outro lado...

foto luliX pandaglia - julho de 2010

terça-feira, 13 de julho de 2010

Detalhe

fotos luliX pandaglia - julho de 2010

segunda-feira, 12 de julho de 2010

sábado, 10 de julho de 2010

QUEM ASA de Chacal

quem casa, quer cousa
quem ousa, quer asa

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Pura luX

foto luliX pandaglia - julho de 2010

quarta-feira, 7 de julho de 2010

A laranja - Haicai de Mario Quintana

A laranja cortada ao meio,
Úmida de amor, anseia pela outra...
É assim, é bem assim que eu te desejo!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

outro encanto...

foto luliX pandaglia - junho de 2010

+ 1 experimento BagaCine

fotos luliX pandaglia - junho de 2010

sábado, 3 de julho de 2010

Cerejeira 2, o retorno...

foto luliX pandaglia - julho de 2010

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Trecho do livro O Ócio Criativo de Domenico De Masi

"A principal característica da atividade criativa é que ela quase não se distingue do jogo e do aprendizado, ficando cada vez mais difícil separar estas três dimensões que antes, em nossa vida, tinham sido separadas de uma maneira clara e artificial. Quando trabalho, estudo e jogo coincidem, estamos diante daquela síntese exaltante que eu chamo de 'ócio criativo'."

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Da série a intimidade das flores

fotos luliX pandaglia - julho de 2010