quinta-feira, 5 de novembro de 2009

de estalo, estalinho...

rio das flores
confluências
e a nossa existência
tão profundamente conectada
emergem conchas
nascem ondas
sou o mar
e o rio das flores
com todas as nuances

sou criança
dançando com o vento
papagaio
pipa
balaio
balanço
canção de ninar

me crio e recrio
me pinto e me lambuzo
escarafuncho, fitas e babados
fungos pipocam
não sigo uma ordem
muito menos busco coerência


persinto por 1 rápidico instante
a sapocência do manomestre Manoel
na simplicidade
as pequenas verdades variantes
silêncio


quero brincar e brindar
bailar e ninar
cantar
invencionar
o nada


nada quer
vem me quer
nas areias escaldantes
do Rio
das flores


Luciana Dau - 5 de novembro 2009

2 comentários:

Anônimo disse...

Muito legal esse jogo de palavras.
Breno

Virgínia Heine disse...

Lindo, Lu! Você sabe compor palavras lúdicas, deixando a vida brincar um pouco em sua poesia, feita não só de dor, desmentindo a mística de que a poesia se faz de pura dor. Não, a vida pulsa, sangra, ri e brinca no ritmo de seus versos.