domingo, 23 de novembro de 2008

Temporal de Adriana Monteiro de Barros

Tempestades não são boas conselheiras.
Em geral, deprimem o retrato.
Melhor esperar a cachoeira cumprir seu destino.
Afinal, a poesia aquece o pensamento sob os lençóis.
As borboletas ainda se debatem contra as vidraças
molhadas
e as orquídeas teimam em colorir a paisagem pelas
janelas.
Em dias de tempestade, meus olhos chovem.
Choram e chovem todas as lágrimas que agora caem
lá fora.
Meus olhos ainda insistem em chorar.

Um comentário:

Adriana Monteiro de Barros disse...

Minha querida Lu,

vc é tão especial pra mim! Obrigada mais uma vez pela publicação do poema e p pelas palavras sempre carinhosas.
beijo grande
adriana